Mesmo se aquele ditado for verdade, "tudo que é bom dura pouco", é mais confortavel do que saber que o que não é bom dura pra sempre. É como se fosse uma humilhação você depender de algo pra sorrir pra si mesmo, é difícil ver o mundo dentro de um poço tão fundo e escuro, e eu não posso, eu não consigo parar de cair, e eu não acho o fim, são tantas coisas.. que nunca acabam. Com esses olhos os dias me são horas, os sorrisos me são falsos, os suspiros me são fracos, não há luz, não há ceu, isso é o que você chama de tristeza, isso é o que eu chamo de vida, e eu não posso negar ou mudar minha opinião, não depende de mim, não depende de ninguém. Com este coração, não existe o dia após o outro. Nesse estado, tristeza e ódio lutam dentro de mim em busca do meu controle, as vezes chego a pensar que o ódio é menos pior, pois ele me faz atacar, mas.. atacar o que, se o que me faz mal está dentro de mim? E o que seria me atacar? Talvez eu saiba, mas não quero saber. Na indecisão, o balanço continua, e eu só deixo continuar. Olhando pro céu, não enxergo nada além de tudo, fechando meus olhos, enxergo tudo além do nada. Nem sempre enxergo o que gostaria, mais nunca vejo o que queria. Isso é o vírus da vida, que não há cura, e as vezes, nem controle.